Dia de Luta na Bahia
Manifestação unificada cobra avanços nas negociações
Servidores públicos federais de diversos setores superaram as dificuldades particulares e até mesmo a instabilidade climática e caminharam lado a lado em uma manifestação unificada e vitoriosa, na manhã desta terça-feira, 31 de julho, em Salvador.
O ato público reuniu esforços e mostrou à sociedade o momento de conflito nas relações de trabalho vivido pela categoria frente a seu patrão: o governo federal. Desde o início do ano, o Ministério do Planejamento anunciava o dia 31 de julho como data em que seria possível apresentar respostas concretas às demandas protocoladas pelos servidores em janeiro.
Ontem, 30, o governo adiou todas as reuniões agendadas com os servidores, prometendo para a segunda quinzena de agosto o anúncio de uma proposta. Os trabalhadores temem que o governo repita este ano a arapuca de 2011, quando, no último dia do prazo limite para envio de propostas ao Congresso, apresentou um projeto de lei (ora convertido na MP 568/12), que não só ignorou a maioria das reivindicações protocoladas como ainda trouxe novos e graves problemas para os trabalhadores.
Por isso o dia 31 de julho foi escolhido como um Dia de Luta, com atividades por todo o país. Na Bahia, o ato foi realizado pela Coordenação Estadual dos Servidores Públicos Federais, integrado por diversas entidades que defendem os interesses da categoria, como o Sintsef-BA, e centrais sindicais, como a CUT. “Aqueles que duvidavam de nossa capacidade de luta têm aqui e agora a nossa resposta”, enfatizou Moisés Araújo, Coordenador do Sintsef-BA.
Equipada com carros de som, faixas, cartazes, bonecos gigantes e banda de sopro, a caminhada parou o trânsito no centro da capital baiana para provar que a unidade se constrói na luta diária e que os trabalhadores estão fartos de enrolação.
Visibilidade
A manifestação unificada dos trabalhadores do serviço público federal teve grande participação dos setores que aderiram à greve nacional da categoria, como os servidores e professores das universidades federais, dos institutos de educação tecnológica, do INCRA, DNPM e agências reguladoras. Os demais setores mobilizados, como Funasa, Cultura, Fazenda, entre outros, também enviaram representantes. Foi o caso de Maria Lucia Felix, servidora do Ibama, que destacou a importância dessas atividades: “É na rua que mostramos a força de nossa luta e mobilizamos a sociedade”.
Solidariedade
A população acompanhou com interesse a manifestação dos servidores. Enquanto algumas pessoas liam e até guardavam o material impresso distribuído pelos trabalhadores, outras, como o comerciário André Silva, faziam questão de demonstrar sua solidariedade ao movimento: “Ninguém gosta de greve, mas se é para melhorar o atendimento e os serviços prestados, eu apoio. Estamos juntos”.
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