Servidores da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia reuniram-se na manhã desta terça-feira, em Salvador, numa assembleia conjunta convocada pelo Sintsef-BA, Sindprev e Safiteba para definir um posicionamento da categoria sobre o Projeto de Lei que propõe a criação do Sistema Único do Trabalho (SUT).
A proposta tem sido rejeitada de antemão pela categoria por apresentar lacunas que devem ser esclarecidas sob pena de os trabalhadores não terem garantida a efetivação das políticas às quais o SUT pretende gerir. O projeto aponta para a descentralização do órgão cujas funções passariam a ser desempenhadas pelos estados e municípios.
“Já vimos esse filme antes” afirmou Moisés Araújo, Coordenador do Sintsef-BA e servidor da SRTE. “Foi assim com o MEC, primeiro transformado em delegacia, que depois foi extinta no estado. Depois foi a Fundação Nacional de Saúde, cujos trabalhadores até hoje sofrem com o assédio moral nas prefeituras a que foram cedidos, sem nem mesmo uma política de governo para defendê-los”.
O SUT não foi discutido com os trabalhadores e suas entidades representativas, o que amplia a suspeita de que ele ampliará o desmantelamento do órgão. Os trabalhadores não se opõem a discutir alternativas que visem à melhoria do atendimento à população. Por isso constantemente protestam por mais investimentos, por políticas de valorização e pela recomposição da força de trabalho.
No próximo dia 18, por ocasião da visita do Ministro do Trabalho à Bahia, os servidores tentarão uma audiência com ele e pretendem entregar uma carta pedindo de reabertura do debate, de forma legítima e democrática, para a construção de um projeto que envolva efetivamente a sociedade e as categorias aí envolvidas. Clique aqui ou acesse nossa página no Facebook (www.facebook.com/sintsef) para conferir fotos do evento.
BRICS Sindical
O III Fórum BRICS Sindical que se realiza nesta terça-feira (15) em Fortaleza reafirma a integração do bloco - formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – como elemento chave para combater a crise internacional e fortalecer a soberania e o desenvolvimento sustentável em cada um destes países. Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, os BRICS representam uma importante alternativa à lógica excludente ditada pelos países capitalistas centrais que, em crise, tentam se manter à base do aumento da exploração das economias periféricas. Com aproximadamente 40% dos habitantes e 15% do PIB mundial, lembrou o líder cutista, o bloco precisa ser fortalecido com a participação dos trabalhadores, a fim de que haja crescimento com distribuição de renda e valorização do trabalho. “A sustentabilidade deve ser econômica, ambiental, social e ter a participação como fundamento, como aspecto basilar”, defendeu Antonio Lisboa, da executiva nacional da CUT. (Fonte: CUT)
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